História

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Mourinho no Real Madrid: Nem o céu, nem o inferno


A temporada 2013/2014 do futebol europeu, está prestes a começar, e com ela, chega o Real Madrid, que depois de uma temporada cheia de altos e baixos, chega renovado. José Mourinho ficou três temporadas no clube merengue, conquistando um Campeonato Espanhol, uma Copa do Rei e uma Supercopa.

A passagem de Mourinho não foi um fracasso. Antes de Mourinho chegar, o Real não passava das oitavas de final da Liga dos Campeões, desde a temporada 2003/2004. Mou chegou em três semifinais, em que foi eliminado por Barcelona, Bayern de Munique e Borussia Dortmund. Mas o principal objetivo, que era conquistar a "La Décima", não foi conquistado.

Com o português no comando, a equipe merengue bateu o recorde de pontos em uma edição de campeonato espanhol: foi na temporada 2011/2012, em que alcançou a marca de 100 pontos e 121 gols marcados.



Mourinho adotou o 4-2-3-1 na maioria dos jogos. Contra equipes mais fracas, era pressão total na saída de bola e sempre trocando passes no campo de ataque. Mas contra o Barcelona, dito como o melhor time do mundo, Mou recuava o time e tentava surpreender nos contra-ataques, usando a velocidade de Marcelo, Di María e Cristiano Ronaldo, com os lançamentos de Xabi Alonso Özil.

Na maioria das vezes, a escalação na fugia de: Cristiano Ronaldo na ponta esquerda, Özil mais centralizado, Di María na Esquerda e, mais à frente, Higuaín e Benzema se revezavam na titularidade. Sem a bola, o time se posicionava no 4-4-2, Com Cristiano Ronaldo e Di María abaixando para recompor o meio-campo

Outra. O português conseguiu quebrar a hegemonia do Barcelona, isso depois de tomar várias pancadas. Contra a equipe catalã, foram 17 jogos, conquistando 5 vitórias, 6 derrotas e 6 empates, sendo que nos últimos 8 jogos, sofreu apenas 1 derrota. Com a conquista da La Liga de 2011/2012, quebrou uma sequência de três títulos do rival.

Mas pelo dinheiro gasto, claro que dava para alcançar vôos mais altos. Foram gastos 149 milhões de euros: Luka Modric (35 milhões), Fábio Coentrão (30 milhões), Ángel Di María (25 milhões), Özil (15 milhões), Khedira (12 milhões), Pedro León (10 milhões), Raphael Varane (10 milhões), José Callejón (6 milhões), Ricardo Carvalho (6 milhões).

O que pesou mais para o desempenho abaixo do esperado, foi a relação com os jogadores. Antes de chegar em Madrid, Mourinho era dito como um agregador de grupo, tendo o relacionamento com os jogadores, como seu ponto forte. Foi assim no Chelsea com Lampard e Terry, E foi assim, também, na Intre de Milão com Materazzi.

No Real, comprou briga com jogadores experientes como Casillas e Sergio Ramos durantes os seus três anos de clube. No final, já não tinha a confiança de quase ninguém. Talvez, esse tenha sido o principal motivo para a diretoria ter rescindir seu contrato que ia até 2016. O português também teve um péssimo relacionamento coma imprensa. Ao contrário dos confrontos dentro das quatro linhas, essa nunca de deixou em paz, nem mesmo a imprensa de Madrid.

Mourinho sempre foi questionado por não ter dado chances ao meia brasileiro Kaká, que chegou como um galático ao clubes, mas que durante as últimas três temporadas, chegou a perder espaço para jogadores como Callejón e Morata.

Nesse ponto, Mourinho estava certo. Como montar um time com um jogador que vivia lesionado? Depois da Copa do Mundo de 2010, o brasileiro só foi voltar a jogar em 2011. Com isso, Mou precisou montar um time que não precisasse contar com ele, e com Özil e Di María se encaixando tão bem no 4-2-3-1, Kaká se viu perdendo espaço. Mesmo com alguns momentos animadores, nunca mostrou futebol para ser titular. Mourinho saiu com 177 jogos no comando da equipe merengue, obtendo 127 vitórias, 28 empates e 22 derrotas.

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