História

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Dinheiro no futebol não é tudo

Jürgen Klopp, técnico do Borussia Dortmund e um dos principais responsável por esse modelo de
gestão do clube, que vem servindo de exemplo em todo o mundo 

Hoje em dia, todos os clubes procuram arrecadar dinheiro de alguma forma, seja no marketing, nos programas de sócios-torcedores, vendas de camisa, patrocinadores e arrecadação com direito de televisão. Mas na última quarta-feira, o Borussia Dortmund mostrou que o dinheiro não é tudo na hora de montar um time competitivo para conquistar títulos.

No Signal Iduna Park, na partida de ida contra o Real Madrid, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões, tinha do lado aurinegro um elenco de 40 milhões, quase o preço de Modric, do Real Madrid, que foi contratado por 30 milhões de euros. O time espanhol gastou, aproximadamente, 450 milhões, o que mostra a diferença de mentalidade de pensamento dos dois clubes.

O Real sempre teve como característica comprar jogadores, independente do valor. Enquanto isso, nessa temporada, o Borussia tem investido nas categorias de base.  Se olharmos os onze titulares, vemos que alguns saíram da base e outros chegaram por custo zero ou quase zero.

Na equipe merenque temos Cristiano Ronaldo, que foi contratado por 94 milhões de euros, a maior contratação de todos os tempos. O maior investimento do Borussia é o meia Marco Reus, que chegou do Borussia Mönchegladbach por cerca de 17,5 milhões de euros. Outros jogadores importantes no elenco alemão como Hummels, Gundögan e Lewandowisk custaram juntos, pouco mais de 13 mi de euros, o mesmo preço de Higuaín, o mais barato dos onze titulares do Real.

Na defesa temos Piszczek que chegou de graça no clube alemão, enquanto Sergio Ramos custou 27 e Fábio Coentrão custou incríveis 30 milhões de euros (Observação: acho o Coentrão muito bom jogador, mas não vale isso nem aqui nem na China).

No gol, temos Diego López que custou 3,5 milhões, enquanto Weidenfeller chegou a custo zero do Kaiserslauten. Na zaga, Pepe e Varane custaram 30 e 10 milhões de euros, respectivamente, longe dos valores de Hummels e Subotic. No meio-campo "blanco", temos Khedira que chegou por 15 milhões, enquanto Xabi Alonso custou 34 milhões. E ainda temos Kaká e Di María, que juntos custaram 89 milhões de euros. O Borussia também vem mostrando muita inteligência para repôr quando tem alguma perda no elenco. Foi assim quando Kagawa saiu e chegou Reus.

O Borussia Dortmund adota um estilo de lapidar seu jogadores, que geralmente chegam em negociações de baixo custo, ou da base, como Götze, Grosskreutz e Schmelzer.

Não acho que o Real Madrid está fazendo errado em investir pesado, pelo contrário, se tiver dinheiro tem que investir mesmo. Mas se o clube não tiver uma receita tão alta, em condições de disputar com outros clubes, os dirigente tem que usar a inteligência, para observar jogadores que estão com contratado acabando, insatisfeitos no clube e que estejam livres no mercado. Outra saída é investir na base, já que você poderá ter um retorno técnico e financeiro. Com trabalho, tudo é possível.

6 comentários:

  1. é só ver o que o Basel tá fazendo, tem um bom time, claro que não a nível Champions League, mas um time competitivo e muito chato

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    1. O Basel mostrou isso na Liga dos Campeões da temporada passada, quando eliminou o Manchester United na fase de grupos. O Apoel também mostrou que a inteligencia faz diferença, quando chegou nas Oitavas de final.

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