Mais na base da raça do que da técnica. Assim pode ser definida a vitória do Emelec sobre o Peñarol por 2 a 0, no estádio George Capwell, pela quinta rodada do Grupo 4 da Libertadores. Com o resultado, o time equatoriano joga por um empate na última rodada, quando enfrenta o Vélez, na Argentina. Já o Peñarol tem que torcer por uma derrota do Emelec e vencer o já eliminado Deportes Iquique, em Montevidéu.
Os equatorianos começaram animados com a possibilidade de disputar às oitavas de finais, e estavam muito confiantes, já que lideram o Campeonato Equatoriano, onde disputaram estão invictos com oito vitórias em oito jogos disputados.
Os "Aurinegros' se revezavam no 4-2-3-1 com a bola, e no 4-4-2 para se defender. Com Esteyanoff fora do jogo, o time atacava mais pelo lado esquerdo, onde Walter Lopez pouco criava e pouco ajudava na marcação.
4-2-3-1 do Peñarol, que quando não tinha a posse de bola, passava para o 4-4-2, com Aguirregaray e López vrecuando para recompor o meio de campo. |
Jogando num 4-4-2, o time equatoriano tinha como ponto forte as jogadas pelas laterais: Caicedo e Modaini, pelo lado esquerdo; e Valencia pelo lado direito. Mas os vários cruzamentos errados podem, também, explicar o empate sem gols na primeira etapa.
Flagrante tático do 4-4-2 do Emelec |
Aos 36 minutos, Caicedo partiu em velocidade pelo lado esquerdo, entrou na área e mandou uma bomba na trave do goleiro Bologna. Mais uma vez a zaga chegava atrasada. Esse foi o panorama na maior parte da primeira etapa, onde o Emelec, mesmo sem muita qualidade, buscava atacar; enquanto o time do técnico Jorge da Silva torcia para o tempo passar mais rápido e tentava alguns contra-ataques.
Na segunda etapa, os times mantiveram a mesma proposta. Logo nos primeiros minutos, Caicedo fez ótima jogada pelo lado esquerdo, cruzou pra área, mas Valencia finalizou por cima do gol. Mais uma vez Marcos Caicedo levava vantagem em cima do lateral direito Héctor Silva.
Com suas duas linhas de 4 jogadores muito compactas, o Emelec conseguia dificultar a troca de passes do Peñarol, que sentiu falta de um meia de origem para conseguir manter a posse de bola e fazer os atacantes participarem mais do jogo.
Vendo seu time sendo encurralado, Jorge da Silva tirou Zalayta, para a entrada de M. Fernández, que entrou fazendo a mesma função: Sempre que a equipe tiver com a bola, ele recuava para ajudar na armação. Mas a alteração não surtiu efeito e "Los Eléctros" continuaram criando mais.
Vendo seu time desperdiçando várias chances, o técnico Gustavo Quinteros tirou Giminez, Valencia e Caicedo, para as entradas de Gaibor, Zeballos e Angulo. Com essas alterações o Emelec saiu do 4-4-2 para jogar no 4-2-3-1.
Zeballos, que entrou na vaga do meia direita Valencia, passou a fazer a função de "enganche". |
A dez minutos do final do jogo, Pedro Quiñonez cobrou falta pelo lado direito, e Cristian Nasuti, que subiu mais alto que toda a defesa uruguaia, desviou de cabeça para o fundo das redes.
Com o resultado adverso, o técnico Jorge da Silva também fez suas alterações, tirando Silva e Walter López, para as entradas de Nicolini e Zambrana. O time passava para a jogar no 4-3-3, com Aguirregaray sendo deslocado para a lateral direita. Pouco adiantou. A equipe continuou sem conseguir criar e via o Emelec encontrando espaços no contra-ataque.
Aos 90 minutos, Fernando Gaibor, em bela cobrança de falta no ângulo esquerdo do goleiro Bologna, ampliou o marcador, dando números finais a partida.Com essa vitória, o Emelec manteve os 100% de aproveitamento jogando em casa, onde disputou 3 partidas e venceu todas.
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